Você é dono de um negócio ou um profissional do marketing e quer descobrir como e quem será seu consumidor no futuro? Então você está no lugar certo!
A especialista e referência mundial em tendências WGSN, divulgou no dia 06/06/22 o resultado de sua pesquisa para o perfil do consumidor em 2024.
Estar de acordo com esses perfis de consumidores fará com que seu negócio possa se manter vivo e relevante mesmo com o passar do tempo.
Neste artigo, trago um resumo breve e completo para que você compreenda de forma simples, quais os perfis de consumidores presentes em nosso futuro.
Caso você queira conhecer as estratégias para lidar com cada perfil, basta CLICAR AQUI e conferir diretamente no White Paper da WGSN.
O conteúdo é dividido em duas partes, onde a primeira trata dos sentimentos desses novos consumidores e a segunda trata de quem eles são.
Sem mais demoras, vamos direto à primeira parte para entender as questões psicológicas dos seus futuros consumidores de 2024.
Parte 1: Sentimento dos consumidores
Choque com o futuro
O que é?
Esse termo se refere ao estresse social gerado pela velocidade e magnitude com que as coisas mudam constantemente.
Por quê?
Em 2024, teremos a internet de tudo, onde não existem fronteiras entre o mundo físico e o digital.
A expectativa por uma economia extremamente tecnológica, e a enorme ansiedade gerada pelas inúmeras mudanças, vão gerar um sentimento de descontrole.
E a esse sentimento, damos o nome de: choque com o futuro.
O mito multitarefas
Diversos cenários caóticos atuais, como a guerra na Ucrânia e o aumento no custo de vida, somados ao isolamento social e a vida profissional, abrem espaço para uma mente multitarefas, principalmente para quem trabalha pela internet.
Compressão do tempo
É um efeito cognitivo onde o tempo acaba “passando mais rápido” do que a pessoa consegue perceber.
Será algo muito presente em indivíduos que frequentam metaversos e realidades virtuais.
Existem situações onde a compressão do tempo pode ser útil, como procedimentos médicos, por exemplo.
Mas, de forma crônica, ela pode gerar sintomas como a dissociação da realidade, a ansiedade, tendências a comportamentos viciantes e o Choque com o Futuro.
Excesso de estímulos
O que é
É literalmente um excesso de estímulos, causado por conta da conectividade constante com o mundo virtual e pela “revolução sensorial”.
Por quê?
O isolamento gerou novos padrões de trabalho e comportamento que nossos sentidos precisam se acostumar.
O toque físico é algo cada vez mais raro, luzes e sons artificiais têm nos irritado cada vez mais e, isso tudo somado é o que gerará o excesso de estímulos.
O fenômeno da ‘Grande aceleração’
No 1º trimestre de 2020, o setor de e-commerce nos EUA cresceu o esperado para 10 anos.
Isso mesmo, 10 anos em apenas 3 meses!
Outro estudo revela que, cada vez menos, as pessoas estão dispostas a assistirem vídeos entre 10 ou 30 minutos, enquanto, plataformas de vídeos curtos e rasos como o TikTok apenas crescem.
Isso indica uma grande aceleração no mundo virtual e na forma como consumimos conteúdos.
Sobrecarga sensorial
O excesso de estímulos impactará nossas vidas e sentidos.
A sobrecarga surge quando o cérebro recebe mais estímulos dos 5 sentidos do que deveria.
O equilíbrio sensorial pode ser um antídoto e envolve, por exemplo, o uso consciente de tecnologias e redes sociais.
Otimismo realista
O que é?
Difere da positividade tóxica em que se busca estar constantemente feliz.
O otimismo realista envolve a busca por um propósito mesmo em meio a tragédias inevitáveis, trazendo assim, a esperança em dias melhores.
Por quê?
Estudiosos de eventos pós-traumáticos descobriram que as pessoas podem desenvolver sentimentos positivos em períodos difíceis.
O melhor é que não é o período ou evento que leva a esses sentimentos positivos, mas sim, a forma que o indivíduo processa aquela situação.
Cultura da superação
Um estudo realizado no Rio Grande do Sul, mostrou que sintomas de ansiedade e depressão aumentaram cerca de 6 vezes em diversos profissionais, durante a pandemia.
Por isso, cada vez mais as pessoas estão buscando se superar e caminham em direção ao auto-cuidado mental e físico.
FoNo (medo do normal)
Pesquisas mostram que, dentre 2 mil adultos de 27 países diferentes, 72% preferem que sua vida mude significativamente do que voltar a ser como era antes da pandemia.
Basicamente, o FoNo reflete um medo cada vez mais comum de que, voltar ao antigo “normal” prejudique os avanços em questões étnicas, ambientais e sociais.
Segundo a pesquisa, 86% dos entrevistados concordaram com a frase “quero que o mundo mude significativamente e se torne mais sustentável e justo do que era antes da Covid-19”.
Encantamento
O que é?
É o estado de se deparar com algo e sentir um misto de medo e admiração, estado esse que, durante a pandemia, trocamos por estabilidade e certezas.
Por quê?
Como emoção coletiva, o encantamento aumenta a noção de “nós” e diminui a sensação de “Eu”.
Cientistas acreditam que o encantamento foi uma das principais ferramentas para que nossos ancestrais se juntassem e evoluíssem.
Em 2024, essa será uma grande ferramenta de conexão em uma era fragmentada.
Antídoto à ansiedade
O encantamento, além de aumentar a empatia, reduz os níveis de ansiedade.
Episódios de “encantamento” podem acontecer a qualquer momento e são uma experiência pessoal que beneficia o cérebro e o afasta da tensão.
Encantamento e percepção do tempo
É natural que momentos como esse consigam alterar a percepção do tempo, é aquela velha e boa sensação de que por um momento, o tempo parou.
Episódios assim conseguem fixar nossa atenção no momento presente e ajudam a controlar o foco.
Em 2024, incorporar momentos como esse ao dia a dia será de extrema importância para podermos viver com a mente no agora.
Parte 2: Perfis do consumidor
Reguladores
Após anos de incerteza e grandes mudanças, esse grupo de consumidores desenvolveu uma enorme necessidade pelo sentimento de estar no controle.
Esse sentimento ajuda os reguladores a enxergarem um rastro de sentido em meio ao caos.
É um grupo formado pela geração X, com indivíduos entre 40 e 50 anos que, ao longo do tempo, deixaram de se atrair pela rebeldia e passaram a buscar a tranquilidade.
Névoa cerebral
A névoa cerebral é uma dificuldade em processar a sobrecarga de dados do mundo atual.
Segundo estatísticas da Next Tech: 2,5 bilhões de bytes são criados diariamente em 2021 e, 90% dos dados disponíveis no mundo surgiram nos últimos dois anos.
Assustador, não é? Mesmo assim, a previsão é de que esse volume de dados comece a dobrar a cada dois anos.
Fadiga de mudanças
Com tantas mudanças significativas em pouco tempo, as pessoas acabaram adquirindo uma capacidade limitada para lidar com problemas em geral, principalmente os pequenos.
De tal forma que problemas como ter um gerente novo ou trabalhar com uma nova equipe, afeta o indivíduo 2x mais que uma grande fusão da empresa, por exemplo.
Conectores
A sociedade está entre o surgimento de novos valores e o caos.
Os “conectores”, é um grupo formado por gerações mais jovens que estão um pouco mais acostumados com o mundo atual.
Para eles, os tempos de crises econômicas, por exemplo, são períodos para empreender e inovar.
Eles vêm redefinindo o conceito de compartilhamento e sucesso enquanto se distanciam da cultura da pressa.
Redefinindo a cultura da pressa
Nos tempos pré pandêmicos, quanto mais cheia estivesse a agenda de uma pessoa, mais “bem sucedida” ela aparentava ser.
Os conectores vão firmemente para o lado oposto disso.
Na China, por exemplo, a geração Z adotou a cultura “tang ping”, que não se importa de ir contra o sucesso em troca de uma boa saúde mental.
Cada vez mais as pessoas prezam por trabalhar de forma sustentável e se recusam a viver de forma não saudável devido ao trabalho.
Estilos de vida compartilhados
À medida que os millennials envelhecem, encontram compromissos financeiros que não podem ou conseguem lidar.
Por isso, tem se tornado cada vez mais comum o consumo e a compra de diversas coisas em grupo.
Conforme o tempo avança, surgem, por exemplo, mais e mais casas e propriedades compradas em conjunto.
A adequação crescente de plataformas a esse conceito é algo cada vez mais visível.
Um novo conceito de lealdade
O abismo de mentalidade e experiências, entre millennials e outras gerações, tem crescido muito.
Esse é um dos motivos pelo qual os conectores têm se demitido dos seus serviços.
Em 2024, sempre que possível, as empresas deverão proporcionar ambientes de trabalho flexíveis e permitir a liberdade geográfica de seus funcionários.
Construtores de memórias
Esse grupo tem como mecanismo de defesa aos tempos difíceis, o ato de se ancorar ao passado.
Muitos deles questionam a vida que levaram em meio aos tempos de Lockdown e por isso querem compensar o tempo e as memórias perdidas.
Enxugamento das relações
Na pandemia, as pessoas se livraram de vários objetos sem utilidade, porém, em 2024 esse “desapego” estará presente também nas relações dos indivíduos.
Durante a pandemia, o número de divórcios aumentou e, com isso, a quantia de buscas e contratos relacionados ao divórcio também decolaram.
Houve também um aumento de buscas no Google referente ao termo “amizade toxica”, o que indica que as pessoas também se livraram de familiares e amigos tóxicos.
Isso mostra que as pessoas tiveram muito mais tempo e disposição para repensarem relacionamentos em geral.
O desdobramento disso são novas amizades, e um foco maior em relacionamentos de qualidade.
Famílias redefinidas
Para algumas pessoas a pandemia mostrou uma certa desconexão com seus familiares.
Outro ponto, é que o número de casais que não querem ter filhos e, a quantidade de pessoas solteiros entre 25 e 54 anos tem aumentado.
Por isso, o conceito de família tem sido reescrito e, estruturas não familiares estão assumindo o papel de cuidar, amar e dar suporte.
Em 2024, a família será aquela que se escolhe, e não aquela em que se nasceu.
Neo-sensorialistas
Enquanto outros abordam a internet com maior cuidado e receio, os neo-sensorialistas se jogam de cabeça nela.
Eles buscam mesclar os dois mundos; querem, por exemplo, pagar um jantar com cripto moeda, enquanto ganham recompensas no metaverso utilizáveis no mundo real.
Em 2024, eles verão esperanças de um mundo melhor e mais equilibrado através da tecnologia.
Boas-vindas à Web3
A Web 3 é um termo que se refere a uma internet ainda mais inteligente, autônoma, aberta e descentralizada.
Ela equilibrará as questões entre usuários e plataforma, colocando os dois no mesmo nível e dando às pessoas mais controle sobre seus dados e privacidade.
Quer entender melhor? Veja:
- Web 1.0: a web da leitura (De 1989–2005)
Os primeiros sites eram estáticos e eram feitos para consumir e compartilhar informações.
Além das salas de bate-papo, não existia muita interação.
- Web 2.0: a web da interação (De 2005 até agora)
Aqui a internet adquiriu um aspecto social.
Os usuários se conectam por meio de redes sociais, blogs e grupos de discussão.
Isso faz com que surjam toneladas de conteúdos e, consequentemente, muitos dados.
- Web3: a web da descentralização (De 2022 em diante)
Diferente da Web 2.0, onde dados são centralizados em alguns pontos, na Web 3 todo mundo é dono dos próprios dados.
Ela é importantíssima para o sucesso de um metaverso justo e com a existência de propriedades digitais como as NFTS.
A descentralização de tudo
O cripto mercado continua crescendo e evoluindo, e as redes sociais descentralizadas começam a surgir.
Sem ter que trabalhar os usuários para rolarem de maneira compulsiva e contínua o feed, elas poderão recompensar seus usuários financeiramente, com criptomoedas, por exemplo.
Uma economia de criação mais justa
Essa é uma economia onde as pessoas são ainda mais creditadas e recompensadas por suas criações virtuais.
Acredite se quiser, isso já está acontecendo.
O #BlackTikTokStrike, é uma hashtag criada como uma forma de criadores negros e pioneiros de virais no TikTok protestarem contra a falta de reconhecimento.
Ao conhecer o movimento, uma startup chamada Jadu criou hologramas com a dança dos criadores e disponibilizou como NFT na plataforma OpenSea.
Isso é algo revolucionário, não é mesmo?
Por fim esses serão nossos futuros consumidores e cabe a nós nos adaptarmos AGORA!
Não se esqueça de que as estratégias para conferir como engajar com cada um dos perfis , você precisa ler o estudo original, o link está logo no início do texto.
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